sexta-feira, 27 de março de 2009

AINDA ESTOU VIVO


Já perdi o medo

A morte já não me assusta
Chegará no seu dia
Hoje levanto-me mais cedo
Madrugar nada me custa.
*
Ontem, Carlos,
os teus Amigos,
voltaram a lembrar-te!

Como num poema teu,
mais uma vez
,
chamámos-te à vida,
quando tu, desiludido,
preferias morrer.


Por isso nos rimos da morte enquanto estamos vivos.

_
O 1º quinteto e a última estrofe foram extraídos de Ainda estou vivo, poema escrito pelo Carlos em 29.1.2004, 8 meses antes de se ir embora (27.9.2004).
O poema que chamei à vida, Acaso não somos Amigos?, foi escrito no Chioco (Moçambique) em 1971.
[CARLOS LUZIO - O PESCADOR DE SONHOS\ Edição dos Amigos\ 2005]

1 comentário :

Vanda Mª Madail Rafeiro disse...

Da forma como é recordado, o Carlos não foi embora... o Carlos está. E ele merece.