
Talvez atacados por um qualquer bichinho da fruta, este ano apareceram com umas manchas escuras, o que quer dizer que se os bichos gostam deles é porque são mesmo bons.
Aos dióspiros dou-lhes o mesmo rumo que aos figos: atiro-me a eles antes que a passarada se antecipe.
E se a árvore cá do quintal deu menos este ano, compenso a escassez com um saltinho ao aido do vizinho Jó, que o dióspireiro dele está carregadinho.
Se repararem, os nossos quintais produzem pelo menos um tipo de fruta em cada estação do ano: as ameixas de verão já se foram, no princípio do Outono vieram os figos e com eles as uvas; agora são os dióspiros e não tarda voltaremos ao ciclo das laranjas.
As árvores que vamos preservando nos nossos quintais são a melhor defesa contra a globalização do mercado. Até quando?