quarta-feira, 11 de junho de 2014

Quando os netos ainda nos pertencem - I

Nem de propósito: ontem recebi um convite fantástico, ademais na auspiciosa e invicta cidade do Porto, onde tinha estado na véspera a viver outra não menos auspiciosa noite:
Fui convidado pela filhota Ana Luísa que já não me pertence, para assistir à consagração do meu neto mais velho, Romeu Lourenço, que ainda me pertence, mas que por este andar vai voar cedo com as aves.
Nem mais: o Romeu foi laureado com o 1º Prémio, Categoria C (menores de 13 anos), de viola clássica, no 16º Concurso Internacional Santa Cecília.
[O Romeu Velez de Rodrigues Aires Lourenço é o 1º da lista da direita]


Embora mantendo aquele low profile com que disfarço as emoções fortes - e cuja técnica aprendi num sítio que agora não digo, mas nunca se esquece até morrer longe da praia - foi cheio de orgulho que assisti durante a tarde de ontem ao Concerto dos Laureados, cujo evento teve lugar na Fundação Eng.º António de Almeida.

Não se apressem a pensar que o prémio foi obra do acaso. É o 5º concurso a que o meu neto se apresenta e, em todos, conquistou o 1º lugar do escalão, o que até aconteceu no concurso do Fundão, supostamente o de mais nomeada. E já pensa em concorrer no estrangeiro.
Está na cara: o meu neto mais velho é um excelente músico, um grande artista!
Sai ao avô materno, também ele um músico e verdadeiro artista.

Já o irmão Vicente, o Vi, pode gostar muito deste avô, mas a veia que deixa transparecer não bebeu das berças do meu ADN.
Vejam só:
Num ápice, assim como quem não quer a coisa, impingiu-me duas pulseirecas feitas de pequenas anilhas de plástico, pela módica quantia de 20€. A custo, lá me deu + uma de bónus.
E fez o mesmo ao avô Lourenço, matando logo dois coelhos com a mesma cajadada. Tudo sem descontos prá família, vendendo ao mesmo preço que pratica nos cafés ali ao redor.
Que despudor!
Ainda chega a ministro da economia, este simpático mas mercantilista neto.
O que também me deixará muito feliz.
Desde que não seja dum governo como este!