Lembro o jornalinho cor de rosa que me acompanhou desde os tempos da faculdade até aos anos da brasa da Revolução de Abril.
Fui assinante do extraordinário e quase miraculoso CF entre Fevereiro de 1970 e igual mês de 1975, de que guardo religiosamente todos os exemplares. Vale-me ter um sotão grande, do tamanho do meu mundo.
Imagine-se o que representou receber durante 26 meses nas matas do norte de Angola e de Cabinda o precioso jornal, um marco na luta contra a ditadura.
Que lufada de ar freco!
1 comentário :
Quantos combatentes da guerra colonial teriam assinado o Comércio do Funchal? Se calhar, muitos. Eu também assinei, para o receber lá onde andei, nos Dembos e na fronteira norte de Angola, armado em Rambo contrariado. Depois de ler o jornalzinho de uma assentada, cheio de avidez, punha-o à disposição dos meus subordinados (fui alferes miliciano), mas só os africanos (que malta fixe!) é que o liam. O pessoal do Puto só queria mesmo era ler A Bola.
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