De 4 em 4 anos, as promessas de tachos repetem-se.
E de 4 em 4 anos, ficam promessas de tachos por cumprir.
Como os tachos são menos do que as promessas, de 4 em 4 anos há sarrabulho: os que foram enganados pelas promessas eleitorais denunciam a vigarice.
Aconteceu isso há pouco mais de 4 anos com o Dr. Fernando Vieira, então presidente da União Desportiva de Bustos, que em 2001 aceitou integrar a lista do CDS para a Assembleia Municipal apenas por lhe terem prometido um sintético para o campo de futebol da UDB.
O nosso presidente da UDB sacrificou a sua condição de militante do PS pela condição de bustuense e amante maior do clube de Bustos.
Como eu era dirigente concelhio do PS, o dótô teve o cuidado e a ombridade de, previamente, falar comigo. Apoiei-o, porque também eu, antes de ser militante dum partido político, sou militante de Bustos.
A promessa não só não foi cumprida, como o sintético foi para outro lado: o Oliveira do Bairro Sport Clube.
E não foi cumprida porquê, perguntarão?
Não foi cumprida, porque quando o CDS organizou em 2005 a lista para a Câmara convidou um prestigiado oliveirense e dirigente do OBSC para fazer parte dessa lista. O convidado aceitou, na condição da Câmara pagar imediatamente o sintético do clube sediado na capital do concelho.
A Câmara cumpriu com o dirigente oliveirense e deixou no fundo da gaveta a promessa que fizera 4 anos antes ao Dr. Fernando Vieira.
O caso deu um grande sarrabulho, com comunicados na rua e protesto do vigarizado na Assembleia Municipal (julgo que, em final de mandato, o Dr. Fernando renunciou mesmo ao cargo de membro da Assembleia).
O sintético veio para Bustos, pois veio, mas foi pela mão do actual executivo.
Gosto muito de sarrabulho, sobretudo se for feito num tacho grande, ao lume.
A saboreá-lo havia lambões para todos os gostos e paladares: do PS, do PSD, do CDS, do Bloco de Esquerda, da CDU, do Benfica, do Sporting, do Porto, do Beira-Mar e até do Belenenses, por sinal um clube do coração de muitos bustuenses nascidos nos anos 20, 30 e 40.
Bustuenses que não esquecem.
É bom não esquecer. É bom lembrar.
Porque um Povo sem memória é um Povo sem história.
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