Junho está por anunciar (não sei onde pára o Borda d'Água) e apesar de há muitos anos estar arredado das provas de vinhos, eis-me a retomar os sábados em cheio. Valha-nos isso.
1. Já tinha assistido a uma conferência sobre vitivinicultura no vizinho IEC (Instituto de Educação e Cidadania), implantado bem no centro da Mamarrosa, logo ali depois do Portinho onde continuo a ir partir pedra, às vezes na companhia do Milton Costa.
2. E se bem me lembro, o Milton acompanhou-me nessa conferência sobre a celebração dos néctares bairradinos/colheita de 2008. Ou talvez esteja enganado, que desconfio de andar com algum curto-circuito de efeitos retardados na minha complicada teia de neurónios; hei-de perguntar-lhe, que ele sabe da poda.
3. No penúltimo sábado foi a minha vez de o acompanhar no regresso ao IEC, desta vez para lhe escutar a aula sobre a origem da vida, inserida no ciclo de conferências sobre vida, saúde e ciência que o sublime IEC em boa hora vem promovendo.
4. Neste sábado passado e como o MC estava de afazeres do lar, levei outra companhia dos tempos dos bailaricos nas casas das nossas mães de Bustos. E se escasso foi o tempo para aprender sobre a reprodução da vida, tempo de sobra tive para conhecer um talento local.
Ainda estou para perceber como uma mamarrosense como a Maria da Graça Capela da Graça me pode ter escapado entre os dedos das raízes que me agarram ao nosso chão; até laços de afinidade nos ligam, quanto mais outros gostos e sabores.
Eu explico em três penadas:5. Na cave do IEC estava patente uma exposição permanente sobre Pintura em Porcelana/”Travessas Companhia das Índias”. Um mimo em rigor, pormenor e saber de mãos, coisa de encher o olho e emagrecer a carteira. Tem graça porque a Maria da Graça da Graça tem uma fixação pelas loiças da Companhia das Índias, esses preciosos vasos da nossa Dinastia Ming.
Escusam é de procurá-los na feira do Sobreiro aos dias 9 e 22 de cada mês…é melhor ir direitinhos à Mamarrosa e perguntar por uma senhora muito excêntrica e assumidamente mal ataviada e verão que logo vos apontam a casa.
Maria da Graça Capela, nascida e residida na Mamarrosa, é mulher para ter menos um ano do que eu, mais dia menos dia. É reformada da FAO/UN, onde labutou desde os anos 80 a partir da Itália; cabia-lhe organizar as conferências que a FAO fazia um pouco por todo o mundo e veio a ser a 1ª mulher a integrar os serviços de segurança da organização, então chefiados pelo general italiano Borlando.
6. A Maria da Graça pode ser uma excêntrica, mas também é das que sabe da poda: iniciou o seu gosto pela pintura no Olimpo dos Deuses Pintores que é a Itália, tendo iniciado os seus estudos em Roma com a prof.ª Alessandra Anhesi. Estudou na Bottega dell’arte sob a direcção da prof.ª Teresa Broglia, especialista em registos e detém um diploma da International School of H. Ceram.
De 92 a 94 frequentou a Escola Superior de Belas de Tirana onde foi orientada pelo famoso escultor e pintor Hekter Dules.
Regressada à terra-mãe, foi Mestra d’Artes na União Portuguesa de Arte em Porcelana (UPAP) e de que foi vice-Presidente, na Fábrica Campos de Aveiro, na Galeria Oficina Regina Affonso, em Oliveira de Azeméis e em Lisboa.
A Maria da Graça detesta a ribalta, pediu-me sigilo e discrição, mas deve ter percebido que eu sou de assobiar para o lado.7. Ah, já me esquecia de como se chega àqueles primores:
a) materiais usados: porcelana cozida em tons acinzentados, difícil de encontrar, pigmentos cerâmicos, esmalte, ouromate e óleos;
b) objectivo: reproduzir tão fielmente quanto possível a porcelana Companhia das Índias.
8. A Graça também restaura arte sacra e faz registos, uma arte muito elaborada e por isso conventual, que se revela em tecidos, ferros, caixas de vidro, em geral de conteúdo religioso.
9. E protege ferozmente os animais. Ad nauseam.
1. Já tinha assistido a uma conferência sobre vitivinicultura no vizinho IEC (Instituto de Educação e Cidadania), implantado bem no centro da Mamarrosa, logo ali depois do Portinho onde continuo a ir partir pedra, às vezes na companhia do Milton Costa.
2. E se bem me lembro, o Milton acompanhou-me nessa conferência sobre a celebração dos néctares bairradinos/colheita de 2008. Ou talvez esteja enganado, que desconfio de andar com algum curto-circuito de efeitos retardados na minha complicada teia de neurónios; hei-de perguntar-lhe, que ele sabe da poda.
3. No penúltimo sábado foi a minha vez de o acompanhar no regresso ao IEC, desta vez para lhe escutar a aula sobre a origem da vida, inserida no ciclo de conferências sobre vida, saúde e ciência que o sublime IEC em boa hora vem promovendo.
4. Neste sábado passado e como o MC estava de afazeres do lar, levei outra companhia dos tempos dos bailaricos nas casas das nossas mães de Bustos. E se escasso foi o tempo para aprender sobre a reprodução da vida, tempo de sobra tive para conhecer um talento local.
Ainda estou para perceber como uma mamarrosense como a Maria da Graça Capela da Graça me pode ter escapado entre os dedos das raízes que me agarram ao nosso chão; até laços de afinidade nos ligam, quanto mais outros gostos e sabores.
Eu explico em três penadas:5. Na cave do IEC estava patente uma exposição permanente sobre Pintura em Porcelana/”Travessas Companhia das Índias”. Um mimo em rigor, pormenor e saber de mãos, coisa de encher o olho e emagrecer a carteira. Tem graça porque a Maria da Graça da Graça tem uma fixação pelas loiças da Companhia das Índias, esses preciosos vasos da nossa Dinastia Ming.
Escusam é de procurá-los na feira do Sobreiro aos dias 9 e 22 de cada mês…é melhor ir direitinhos à Mamarrosa e perguntar por uma senhora muito excêntrica e assumidamente mal ataviada e verão que logo vos apontam a casa.
Maria da Graça Capela, nascida e residida na Mamarrosa, é mulher para ter menos um ano do que eu, mais dia menos dia. É reformada da FAO/UN, onde labutou desde os anos 80 a partir da Itália; cabia-lhe organizar as conferências que a FAO fazia um pouco por todo o mundo e veio a ser a 1ª mulher a integrar os serviços de segurança da organização, então chefiados pelo general italiano Borlando.
6. A Maria da Graça pode ser uma excêntrica, mas também é das que sabe da poda: iniciou o seu gosto pela pintura no Olimpo dos Deuses Pintores que é a Itália, tendo iniciado os seus estudos em Roma com a prof.ª Alessandra Anhesi. Estudou na Bottega dell’arte sob a direcção da prof.ª Teresa Broglia, especialista em registos e detém um diploma da International School of H. Ceram.
De 92 a 94 frequentou a Escola Superior de Belas de Tirana onde foi orientada pelo famoso escultor e pintor Hekter Dules.
Regressada à terra-mãe, foi Mestra d’Artes na União Portuguesa de Arte em Porcelana (UPAP) e de que foi vice-Presidente, na Fábrica Campos de Aveiro, na Galeria Oficina Regina Affonso, em Oliveira de Azeméis e em Lisboa.
A Maria da Graça detesta a ribalta, pediu-me sigilo e discrição, mas deve ter percebido que eu sou de assobiar para o lado.7. Ah, já me esquecia de como se chega àqueles primores:
a) materiais usados: porcelana cozida em tons acinzentados, difícil de encontrar, pigmentos cerâmicos, esmalte, ouromate e óleos;
b) objectivo: reproduzir tão fielmente quanto possível a porcelana Companhia das Índias.
8. A Graça também restaura arte sacra e faz registos, uma arte muito elaborada e por isso conventual, que se revela em tecidos, ferros, caixas de vidro, em geral de conteúdo religioso.
9. E protege ferozmente os animais. Ad nauseam.
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Palavras do Senhor
oscardebustos
oscardebustos
1 comentário :
Santo Fabriquêro Mandrake. E a Mamarrosa aqui tão perto. É o que se pode dizer de uma moiteira... do Aleixo.
Se perguntarem a Jacinto dos Louros Bustos deve ser 'independente'da Mamarrosa. Qual sería a resposta dele?
até o meu regresso, se
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