terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

O congresso do povo

Tal como a irredutível aldeia gaulesa de Asterix e Obelix, a lusitana Espinho resiste ainda e sempre à campanha negra do inimigo, como o comprova o facto do 16º congresso do partido do meu padrinho ter lugar por um destes dias na cidade mais a norte do nosso distrito.
Desconfio que a poção mágica foi preparada pelo Panoramix local, o sempiterno presidente da câmara. O Zé Mota é uma das pilhas duracel do PS, um verdadeiro resistente, adorado pela classe piscatória local e pela 3ª idade, que se farta de ir com ele de férias ao Brasil.
Conheci-o há muitos anos, durante o pouco tempo em que frequentei a catequese. Até fui a uma missa nacional em finais dos anos 80, no pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa; gostei muito porque só lá estive no 1º dia, findo o qual um amigo do peito me levou para outros e mais apetecíveis caminhos. Adeus congresso, adeus carreira política, que me falta o jeito para ser a voz do dono.
Como o José Mota cumpre o último mandado, fico à espera que a tradição seja mais uma vez cumprida e arranjem um confortável poiso para um homem que subiu a pulso as escadinhas do partido. Sempre assim foi com os partidos no poder: basta lembrar os bons exemplos dos governos PSD e os resultados à vista no caso BPN.
Como diziam os romanos, quousque tandem?
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Quousque tandem (até quando?): começo do célebre discurso de Cícero no senado de Roma (anos 60 a.C.)

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