Lembro-me do Dinis Machado como redactor de 2 revistas de BD de que fui assinante nos anos 70/80: Tintin e Spirou.
Mas o país ficou a conhecê-lo melhor quando em 1977 publicou um romance que fez furor: O que diz Molero. Em finais dos anos 60, Dinis Machado escreveu 3 policiais sob o pseudónimo de Dennis McShade, habilidade para escapar aos tacanhos sensores da ditadura salazarista e atrair melhor os leitores habituados a nomes famosos da literatura policial anglo-saxónica. Como quem junta a fome à vontade de comer, explicou um dia que escrevera esses romances para pagar o leite da filha.
Dinis Machado sempre esteve muito ligado a Roussado Pinto (1926/1985), o famoso Ross Pynn dos policiais (o caso da mulher cega, o caso da mulher sádica e outros).
Passaram-me pelas mãos exemplares desses cobiçados policiais, sobretudo da “Colecção Rififi”, ao estilo muito em voga na literatura policial americana. Eram um sucesso e os raros exemplares que iam aparecendo corriam de mão em mão.
Não tarda, as livrarias estarão cheias de reedições de títulos de Dinis Machado e do seu heterónimo Dennis McShade. A morte tem o condão de reavivar a memória, mas depois, como disse o poeta dos heterónimos…
Só és lembrado em duas datas, aniversariamente:
Quando faz anos que nasceste, quando faz anos que morreste;
Mais nada, absolutamente mais nada.
Duas vezes por ano pensam em ti.
Duas vezes por ano suspiram por ti os que te amaram.
e uma ou outra vez suspiram se por acaso se fala de ti.
_
Poesias de Álvaro de Campos, Edições Ática, 1980
Mas o país ficou a conhecê-lo melhor quando em 1977 publicou um romance que fez furor: O que diz Molero. Em finais dos anos 60, Dinis Machado escreveu 3 policiais sob o pseudónimo de Dennis McShade, habilidade para escapar aos tacanhos sensores da ditadura salazarista e atrair melhor os leitores habituados a nomes famosos da literatura policial anglo-saxónica. Como quem junta a fome à vontade de comer, explicou um dia que escrevera esses romances para pagar o leite da filha.
Dinis Machado sempre esteve muito ligado a Roussado Pinto (1926/1985), o famoso Ross Pynn dos policiais (o caso da mulher cega, o caso da mulher sádica e outros).
Passaram-me pelas mãos exemplares desses cobiçados policiais, sobretudo da “Colecção Rififi”, ao estilo muito em voga na literatura policial americana. Eram um sucesso e os raros exemplares que iam aparecendo corriam de mão em mão.
Não tarda, as livrarias estarão cheias de reedições de títulos de Dinis Machado e do seu heterónimo Dennis McShade. A morte tem o condão de reavivar a memória, mas depois, como disse o poeta dos heterónimos…
Só és lembrado em duas datas, aniversariamente:
Quando faz anos que nasceste, quando faz anos que morreste;
Mais nada, absolutamente mais nada.
Duas vezes por ano pensam em ti.
Duas vezes por ano suspiram por ti os que te amaram.
e uma ou outra vez suspiram se por acaso se fala de ti.
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Poesias de Álvaro de Campos, Edições Ática, 1980
1 comentário :
Poema inédito de Dinis Machado, 13 de Fevereiro 1994 e que foi "oferecido a José do Carmo Francisco, por ocasião do seu 47º aniversário" II Soneto para Cesário
(escrito há 40 anos), Está na pg. 57 da Revista Ler, edição de Novembro 2008.
"Se te encontrasse, agora, na paisagem ... " etc.
posto por Sérgio Micaelo Ferreira
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