sexta-feira, 3 de abril de 2009

O fiel amigo

A par do cão, é conhecido por ser o único amigo que nunca é infiel.
Conhecemo-lo por bacalhau e haverá mil maneiras de o cozinhar.
Os cientistas dão-lhe o nome de Gadus morhua e afiançam que a sua taxonomia é muito complexa, existindo várias espécies e subespécies.
Cá por mim, de complexo não tem nada, pois nem sequer é difícil de grelhar, cozer, fritar ou assar.
Já pesquei parentes próximos, como o badejo, mas a fisionomia do verdadeiro bacalhau é inconfundível.
Há uns anos atrás, outro amigo fiel - o Helder Luzio, conseguia-me uns exemplares frescos, a que eu dava o destino preferido: cozido em água, cebola e sal. Então as cabeças acompanhadas de couve e umas batatitas eram um verdadeiro regalo.
Ao que parece, são tempos que já não voltam.
A não ser que emigre para a Noruega ou a Islândia.
Sempre juntava o útil ao agradável...
_
Bibliografia e foto: A EPOPEIA DOS BACALHAUS, de Francisco Manso e Óscar Cruz \ Distri Editora, 1984 [comprado na Bertrand, em Aveiro, aos 19.12.1984]

Sem comentários :