Tinha um cravo no meu balcão;
veio um rapaz e pediu-mo
- mãe, dou-lho ou não?
Sentada, bordava um lenço de mão;
veio um rapaz e pediu-mo
- mãe, dou-lho ou não?
Dei um cravo e dei um lenço,
só não dei o coração;
mas se o rapaz mo pedir
- mãe, dou-lho ou não?
- 1º poema de Eugénio de Andrade (19/1/1923 - 12/6/2005). Desde 27/5/1984, data em que comprei o 1º dos seus livros, que o poeta acompanha as minhas noites.
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