domingo, 25 de outubro de 2015

Outra vez a 1ª vez

É o que estou a viver, confesso e as razões são três:
1ª – Nunca estive tanto tempo em férias sabáticas do meu jornalinho de parede. Sabia que tinha de voltar e aqui estou de novo, cerca de ano e meio depois.
2ª – Porque “como em quase todas as coisas da vida, a 1ª vez é muito saborosa. Alguma vez tinha de acontecer”.
As palavras são dum treinador de futebol, em êxtase por ter ido ganhar à Luz, desfecho que espero não se repita hoje. Citei-o aqui, já lá vão 6 anos e meio.
3ª – Porque António Costa anuncia um acordo à esquerda, fugindo à tradição de serem sempre os mesmos a governar.
Aquando da vitória dos partidos da direita em 2011, o líder do partido mais votado anunciou que o acordo de governo com o CDS só seria conhecido após a nomeação do mesmo.
Agora, exigem que o acordo PS/BE/PCP seja conhecido já.
Contra a corrente da esquerda, sou dos que pensam assim. Em 2011, como hoje, PSD e CDS eram “farinha do mesmo saco”. Em contraponto, analisados os programas eleitorais dos 3 partidos da esquerda representados na Assembleia da República, há muito a dividi-los e a campanha eleitoral foi reflexo disso mesmo.
Venha de lá o raio do acordo pré-governativo, que eu estou em pulgas! 
Afinal, quem não desejaria viver outra vez a 1ª vez?
Ninguém vos está a pedir que se casem, basta que juntem os trapinhos, com tudo preto no branco e que fechem os olhos à sacrossanta NATO, essa coisa que apoquenta tanto os portugueses, a ponto de não os deixar dormir. Pelo caminho, não vinha mal ao mundo se engolissem alguns sapos vivos.
Entretanto, do acordo pouco ou nada se sabe.
Espera-se que a vontade do líder do PS vá além desta imagem aqui repetida:

Espera-se, sobretudo, que nos livrem duma austeridade que serviu para aumentar o índice da pobreza, à custa do enriquecimento dos grandes interesses económicos e financeiros.
Bem vistas as coisas é pouco o que o país real quer e deseja: justiça e moralidade.

Sem comentários :