quarta-feira, 18 de março de 2009

adivinhem quem é uma flor?

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1. Reprodução dum poema de Manuel Alegre, em O Canto e as Armas, Ed. Poesia Nosso Tempo, 1970, ano em que comprei o livro em Lisboa meio à sucapa, um ano depois da "operação flor" e da "operação balão", que fizeram as delícias da população de Coimbra.
Durante a crise académica de 1969 vieram de Lisboa colegas solidarizar-se com a nossa luta; defendiam formas de luta diferentes e violentas, em contraponto com a subtileza dos métodos da malta cá da província.
Exactamente em 1970 reencontrei-os em Lisboa; eram a cara chapada dos durões barrosos, saldanhas sanches, arnaldos de matos e outros radicais esquerdistóides que viriam a fazer furor 5/6 anos depois, a seguir ao 25 de Abril. Quem os viu e quem os vê...
2. Sobre 2 dos maiores líderes do movimento associativo de 1969, ver post de 20/9/2008 [a palavra e a mão] e ainda a interessante entrevista de Osvaldo de Castro ao jornal de parede do PS na Assembleia da República. Não levem a mal se vos mando para tais caminhos; um conselho amigo: ide fermosos e mui seguros.
3. Manuel Alegre terá ido beber o mote do poema ao também poeta Mao TseTung: "Deixem cem flores florir e cem escolas de pensamento lutar" [mao tse tung, Poemas, Editorial Futura, 1972].

apetece-me mais Shakespeare

Há mais coisas no céu e na terra, Horácio,
do que sonha a tua filosofia.
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Hamlet,
de William Shakespeare, dramaturgo, poeta, autor e compositor inglês [1564-1616].
Ouvi dizer que os grandes autores de BD conhecem os clássicos como ninguém e aprenderam com eles a arte de fazer interagir imagens desenhadas e texto, tudo com um propósito: deleitar o público leitor com histórias (conteúdo) e métodos narrativos (forma) que às vezes são de sonho.
A 9ª Arte revela-se em cartoons, tiras diárias, revistas aos quadradinhos, novelas gráficas (graphic novels), ilustrações sequenciais (story boards), fanzines e, mais recentemente, webcomics ou on line comics.
A BD e o cinema andam muito ligados, disse-o em 28/9/2008 a propósito do fantástico O Mercenário.
Shakespeare foi tudo menos engomadinho, pézinho mole.