segunda-feira, 7 de julho de 2014

Contigo


Sou eu, sou eu que não durmo,
contigo nos sentidos.
Sinto-me caminhar sobre as águas
do meu corpo - não sejas queimadura
nem boca do deserto.
Nenhum amor é estéril, um filho
pode ser uma estrela ou ser um verso.


- Poema: Contigo / O outro nome da terra, Obras de Eugénio de Andrade/20, Edição Limiar, outubro, 1988.
- Quadro: La Vénus d´Addis Adèba, colagem de Nuno Aromidochu Aires, consultável aqui.