segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Filme luso-francês rodou cena em Bustos

Em princípios de 2011 escrevi no Notícias de Bustos um texto em que trouxe à baila a interessante história dum filme luso-francês com o título DÉDÉ, filmado em 1990 e em que aparece uma cena de baile dos anos 50 filmada no salão de baile de Bustos.
Não faltaram jovens raparigas e rapazes, a par de algumas mulheres e homens adultos de Bustos, a entrar na fita. 
Todos contratados como figurantes, a troco duns escudos.
O texto animou as hostes e deu-se o caso da discussão ter gerado luz.
Leiam-no no Notícias de Bustos, que vale a pena. Se faz favor, dêm um clic com o ratinho aqui mesmo. Vão ver que vale a pena.

(as atrizes Diana Rodelo, Gladys del Carmen e Anita Luzio)
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Tempos depois, entreguei uma estafada cópia da cassete do filme ao sempre prestável Telmo Domingues, a fim de a tentar adaptar para CD. Sem sucesso.
Obtive a cópia por indicação do bom amigo Cipriano Nunes, que continua por terras de França. 
O Cipriano anda um pouco calado, se calhar porque Bustos tem sido tratado abaixo de cão, embora não faltem promessas de voltarmos a ser o paraíso do concelho, uma espécie de nirvana ou Changri-Lá.
A talhe de foice:
Tenho ganho algum tempo a vasculhar textos publicados no NB e aquilo é um fartote de rir quando se aproximam as eleições locais.
A razão da minha busca é simples: já se sente no ar a preparação dos exércitos partidários locais, pelo que não tarda muito e lá regressará mais uma vez a diarreia das promessas, essa espécie de "período" ou cio que ataca de 4 em 4 anos.
Não tardarão as juras de amor e outras tretas, que ficam bem, sim senhor, mas é quando nos apaixonamos assolapadamente, perdidos de amor.
Até para quem está perto das 68 bonitas primaveras (com alguns invernos de permeio) deve ter a sua graça e estou tentado em voltar a experimentar.
É certo que não será a 1ª vez, a tal que é muito saborosa, como lembrei aqui
Quanto a esta matéria, que é tabu para muitos mas de lana caprina para mim, estou com ganas de voltar a experimentar.
Ando a fazer trabalho de casa e sinto-me quase preparado para saltar para a espinha do 1º político ou política local que aparecer a prometer mundos e fundos para Bustos.
Escusam de me pedir para ser mais educado: vai ser logo ali, à frente de todos, como terá feito o cão cá de casa, de seu nome gatuso, que andou uma semana a alambazar-se com uma linda cadelita que apareceu cá na rua e que o levou com ela durante uma semana inteirinha. o sacaninha regressou ontem de manhã, escanzelado como um cão, com a dita na esteira, submissa mas com ares de quem curtiu à tripa fôrra.


Também estou em fazê-lo, a arrimar-me a eles e a elas, a não ser que os mais educados me peçam para utilizar métodos mais expeditos e civilizados, como, por exemplo, mandá-los para um sítio que eu cá sei mas que agora não digo.
Aceitam-se sugestões alternativas, como aquela de 1994, aquando dos boicotes locais às eleições para o parlamento europeu: não votámos e fizemos do boicote uma festa verdadeiramente popular.
Como se aceitam interessados na ninhada que também não tarda aí, decorridos que sejam os dois meses de gravidez canina.
A propósito, pergunto ao parisiense Cipriano: porque Paris em França e não paris em vossas casas?
Enquanto a resposta vem e não vem, vou ali e já venho...

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Carlos Luzio: poesia de guerra/poesia de paz

No inesquecível almoço/espectáculo de encerramento das comemorações do Dia de Bustos, emocionado e envolvido, li o seu poema das águas, que podem reler no Notícias de Bustos.
A meu ver, mais do que a poesia do seu dia a dia de encontros felizes e infelizes, de encontros com a morte que sabia estar à sua espera de gadanha em punho, pronta para o ceifar no momento final...
...até mais do que a poesia do amor, que tão bem retratou a partir do próprio teatro da guerra colonial que viveu na fronteira norte de Moçambique no fantástico e inebriante Poema para esquecer...
...ou em Mulher da rua...
...o Carlitos deixou-nos poemas de guerra carregados de dor e raiva.
Por razões à vista, o que mais me marcou arrastei-o para o blogue que criei sobre a minha gloriosa unidade militar de intervenção em terras angolanas, a CART 3564, onde a palavra camarada fez verdadeiro sentido.
Esta companhia de criados para todo o serviço da ditadura salazarenta dependia dum tal Comando Operacional de Tropas de Intervenção (COTI 1) sediado com todas as comodidades em Luanda e que estava sob as ordens duns oficiais superiores com quem lidei diretamente durante 4 meses e que não passavam dumas grandessíssimas bestas, tudo gente tão convencida e oportunista como os nossos políticos de hoje, não fossem o ar condicionado e os demais luxos de Luanda ou de Lisboa altamente inspiradores.
O texto onde chamo o Carlos à minha guerra pode ser lido AQUI e recomenda-se.
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Lembrar o Carlos Manuel dos Santos Luzio, o Carlitos Luzio, poeta de Bustos/de Bustos poeta...
...é lembrar que estamos vivos, mas mortinhos por viver e agir.
É lembrar que nada acontece por acaso...

...mesmo nada!
Até o futuro parece estar logo ali ao virar da esquina, a anunciar o caminho da primavera. 
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- Fotos do autor e do sempre presente e envolvido Sérgio Pato, em Bustosgrafias.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Triunfar ou perecer



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- Hino da Maria da Fonte, cantado pelo Vitorino.
- Sobre a Revolução do Minho (1846), podem começar por AQUI.
- O hino da Maria da Fonte é um Hino Nacional, de valia quase igual à Portuguesa. É usado para saudar altos cargos militares e ministros da Republica.
- Sobre o resto, puxem pela cabecinha, que ela não explode...